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sábado, 13 de novembro de 2010

E peteleco, pode?

Lei da Palmada? Não concordo.

Antes de qualquer coisa, quero salientar que esta discussão é sobre a palmada como medida pedagógica, não chegando ao ponto de "violência fatal". Os abusos que ocorrem já são coibidos e devidamente punidos de acordo com as leis penais.

"Negar aos pais o direito à palmada é contribuir para que as crianças não respeitem a autoridade, hoje verdadeiro desafio no lar e na escola. Será que não basta a permissividade existente, nos vários segmentos da sociedade?" (Profª Yvette Amaral)

Acho que o Estado não deveria se intrometer onde não é chamado. Interferências assim no poder familiar são inadmissíveis. O Estado não deve ser controlador de tudo, ou vamos acabar como nos tempos de Hitler: querendo mandar até no banho das pessoas.

Imaginem só , uma criança ou adolescente ameaçando denunciar e prender os pais? Eu mesma conheço uma pessoa que fez isso. E aí, quem é a autoridade agora? Quem fica submisso a quem? NÃO PODE! A autoridade é parental!

Claro que é necessário discernimento e sabedoria para se utilizar desse recurso. Os pais e mães não devem e nem podem se aproveitar do direito de bater nos filhos. Não podem fazer deles "bodes expiatórios" para seus problemas, estresses ou TPM. Existem inúmeras medidas alternativas. A principal delas é simples: DIÁLOGO. Além de este demonstrar compreensão e afeto (coisa que não acontecia na antigüidade, a exemplo de Roma e do povo fenício), é um exemplo para a vida adulta da pessoinha.

É importante, entretanto, ter consciência de que tais alternativas podem não funcionar, visto que cada adolescente e criança tem uma personalidade e um jeito diferente de reagir. Em certos casos, só o castigo físico resolve. Nem sempre a palmada é o caminho mais correto, é bem verdade, mas negar aos pais o direito de usá-la quando necessário é inviável.

Quando li o tal projeto de lei, achei graça do seguinte artigo:

"Art. 1634 - Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores:

VII. Exigir, sem o uso de força física, moderada ou imoderada, que lhes prestem obediência, respeito e os serviços próprios de sua idade e condição."

Agora, me responda, deputada Maria do Rosário: como uma mãe vai exigir isso de uma criança pequena, um bebê? "Não adiantam discursos pedagógicos para uma criança de um ano. Só uma pequena dor física é capaz de criar nela um reflexo condicionado, impedindo que reincida na mesma falha."(Profª Yvette Amaral)

E isso não é tudo. A "Lei da Palmada" fere os princípios da Constituição Mundial: a Bíblia. Diversas passagens declaram a necessidade e a obrigação de disciplinar os filhos :

(TODAS AS PASSAGENS ESTÃO NO LIVRO DE PROVÉRBIOS)

Capítulo 13, versículo 24: "O que retém [ou não usa] a sua vara odeia [ou prejudica] a seu filho, mas o que o ama, a seu tempo, o castiga."

Capítulo 23, versículo 12-14: "Aplica o teu coração à disciplina, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento. Não retires a disciplina da criança, porque, se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno."

A disciplina é o outro lado do ensino. A Bíblia faz clara distinção entre disciplina e abuso físico. A correção pode ser dolorosa, mas não é prejudicial. Muito pelo contrário! Às vezes a dor pode ser parte da
correção eficaz. Um pai só repreende o filho porque o ama e quer vê-lo trilhar caminhos corretos.

Preciso falar mais alguma coisa? Quem tem ouvidos para ouvir, ouça!

Fiquem na Shalom aí.
May